Sobre Nossos Pais

Você é uma expressão do universo.
Você vêm tomando forma desde o big-bang.
Você é composto de partículas de estrelas que explodiram
há bilhões de anos, e da luz do sol de hoje e de amanhã,
assim como da água da chuva que impulsiona
a semente que hidrata seu coração.
Seus ancestrais são desconhecidos, mas e daí?
Impossível é negar a sua ancestralidade.
Ela existe por si só e por todos nós.
Afinal de contas, estamos aqui.
Como negar seu tataravô?
Negar sua ancestralidade é negar a si mesmo, agora!
É por isso que honrar nossos antepassados
é uma questão de vida, de agradecimento por esta vida.
Mesmo que nunca os tenhamos visto
em carne/osso ou mesmo em forma de poeira cósmica.
É agradecer também por todos aqueles que virão.
Olhar para nossas ancestrais é visualizar uma árvore infinita de ramos
em projeção geométrica que vai além da nossa compreensão.
Nesta árvore eu te encontrei, se você não sabe.
Pois fique sabendo que um dia nos abraçamos
em algum lugar neste universo.
E é sempre bom lembrar: as partículas
da primeira explosão ainda estão por aqui,
nessa tela e dentro, além dos seus olhos.
Não tente procurar.
Apenas se lembre.
De você.

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Texto inspirado na aula 7 de “O Valor dos Valores”, onde a professora de yoga e vedānta, Glória Arieira, menciona as ‘expressões deste universo’ e por Swami Dayānanda, em seu maravilhoso livro “Īśvara em Sua Vida”, quando ele escreve sobre ser impossível negar seu tataravô. Também inspirado pelo prof. Patrick van Lammeren, que na última aula de Simbolismo Védico me ensinou a olhar para a imensidão de nossos antepassados. OM!

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“Eu saúdo a linhagem de mestres que começa com Śiva, tem Śaṅkara no meio
e vai até meu mestre.”

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