Se eu morrer de amor, não repare.

Se eu morrer de amor, não repare.
Sou apenas um poeta delirante.
Que ao mínimo afago de carinho.
Em seu pescoço me declaro.

E foste num sonho retumbante.
Que te vi pela última vez.
Em pé, ajoelhado ao seu lado.
Clamando por um pouco do que foi.

Daquilo que passou como vulto acuado.
Na chama que tremulava ostentada.
Do beijinho fraterno pela noite.
Chora um passado tão presente.

E você é minha bela ao acaso.
Que encontro longe do teu lado.
E não espero nada além de tudo.
E do nada me declaro.

Se eu morrer de amor, não repare.
Era apenas um descanso de momento.
Que invento, pois te invento.
Toda noite ao meu lado.