Vôo solo de Hypolito

No tablado quadrado.
Perfeito é o trajeto ensaiado.
Impossível não ficar espantado.
Movimentos acrobaticamente executados.
Minutos e  segundos cronometrados.
E no vértice do suspiro final, a explosão.
Quebrando o ar, há um corpo em contorção.
De tronco, braços, pernas, pulsos e mãos.
Equilíbrio suspenso de arte, plástica e precisão.
O tortuoso e extato vôo que toca, por fim, manso o chão.
Parado de pernas unidas é aclamada a apresentação.
A declarada poesia rimada é dedicada,
Por jus a quem conquistou a medalha dourada.
E, definitivamente, o solo gentil da pátria amada.

                                          Maurício Bahia

2 comentários em “Vôo solo de Hypolito”

  1. Sabendo que és um poeta…sei bem que metade de vc é amor e a outra também.Mas cuidado! rsrsrsrsrs Se ficar o bicho pega! Corre dele uai!

  2. Eu fiquei arrepiada e chorei no ato também!
    Awesome! Depois te conto a situação em que me encontrava, inusitado, inesquecível.
    Definitivamente, pátria amada.. bota amada nisso.

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